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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Concepção de Juventude



Carta da Juventude do MST Região Sul
De 18 de Janeiro a 08 de fevereiro
Instituto Josué de Castro (IEJC)
Veranópolis-RS

Quem Somos? Qual a nossa identidade?
Somos jovens reunidos em um coletivo a fim de compreender melhor a sociedade e o mundo em que vivemos, buscando contribuir com o MST, construindo nossa identidade. A juventude é hoje o agora e o futuro, não podemos parar no tempo. Somos sujeito, movimento, somos responsáveis pelo que será o MST, juventude SEM TERRA, juventude que estuda, juventude que debate. A juventude que luta pelos direitos e melhorias democráticas. Somos Jovens que buscam o conhecimento historicamente acumulado. Reflexos da luta feita pelos nossos pais que a reconhecem e pretende dar continuidade a ela. Somos jovens organizados e que devemos mostrar o que sabemos. Temos que assumir a identidade enquanto jovens Sem Terra, que não tem medo de errar, devemos nos inserir nas tarefas e assumi-las na base de nosso movimento. Somos resultado de um esforço coletivo, de um ato revolucionário, tendo em conta o horizonte do socialismo.


Quais as nossas necessidades?
A igualdade, a justiça social, as bandeiras de luta que assumimos com e pelo MST. Será que lutamos mesmo por Reforma Agrária? Talvez não a que foi feita no início do MST, mas sim Reforma Agrária Popular, voltada para o autossustento, pensá-la de maneira mais ampla e de acordo com os ideais da agroecologia como matriz tecnológica. Diante a evolução do capital estamos andando a passos de tartaruga, como vamos nos organizar? Como lutar? Não temos algo pronto, teremos que construir dia a dia dentro do nosso movimento. Avançar nas discussões é uma das nossas necessidades, outra é o estudo, é ter acesso aos bens de consumo, é poder fazer parte e não ser/ficar a margem da sociedade. Pensar também na cidade, juntar campo e cidade, a fim de construir um projeto popular unificado e coerente. Precisamos organizar a juventude, pois somos a esperança para nós mesmos. Queremos e lutamos por uma sociedade socialista. Ser reconhecidos e sentir que temos valor realmente dentro da organização. Temos a necessidade da formação acadêmica, a revolução precisa de médicos, engenheiros, professores, advogados, etc. A principal dificuldade é o debate junto da sociedade como um todo, temos que ter maior entendimento para podermos transmitir os nossos propósitos. Tirar da base o exemplo para a construção do novo. Frente a hegemonia da comunicação precisamos adotar o agit prop como instrumento de formação e luta da juventude. Colocar em prática o que já acumulamos como o trabalho e o estudo em agitação e propaganda, para fazer a formação de nossas bases e da nossa juventude, preservando a nossa cultura (brasileira e camponesa).


Qual o nosso papel enquanto juventude dentro do MST?
É momento de estudar e elaborar novas alternativas para sair desse período de descenso, e nos inserir real e organicamente no MST. Não nos acomodar, tomar a bandeira em nossas mãos, ir a luta, entendendo que nossa tarefa é também unificar o próprio movimento, é assumir o MST, disseminar idéias, organizar a nossa base, ninguém fará a luta por nós, é nossa tarefa, esse compromisso de formar e mobilizar a juventude. A tarefa de organizar e conscientizar é nossa. O tempo é propício para a formação de novos dirigentes, da base, da militância como um todo. Temos que nos inserir nas atividades, discutir para conseguir algo concreto visando o caminho que temos a percorrer e construir. Não temos fórmulas prontas, precisamos construir no dia a dia a nossa proposta, nós somos a proposta de mudança. Nosso papel na sociedade é mostrar que nossa juventude é organizada, que ela não é massa de manobra e que pode se posicionar na luta. Nosso papel é lutar para que a juventude que vem consiga construir ainda mais para juventude que virá. Somos militantes um dos maiores movimentos sociais que existe, nosso papel é histórico: buscar o novo, mas saber respeitar o que já foi construído.

CURSO DE FORMAÇÃO DE DIRIGENTES PARA JUVENTUDE MST região sul.wmv

TOXIC: AMAZÔNIA

Está sendo lançado no Brasil o documentário TOXIC: Amazônia. O filme trata do brutal assassinato do casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva, conhecido como Zé Castanha, e sua esposa Maria do Espírito Santo da Silva em maio deste ano no Pará No mesmo dia em que deputados federais aprovaram em Brasília o Código Florestal, uma lei que coloca em risco as florestas e legaliza desmates, Zé Castanha e Maria do Espírito Santo foram executados perto do assentamento em que viviam no estado do Pará. O documentário foi realizado pela reportagem da revista Vice, que foi até Marabá (PA), cidade natal de Zé Cláudio, para investigar o caso. fonte: Levante Popular da Juventude.